Te amo de uma maneira inexplicável,
de uma forma inconfessável,
de um modo contraditório.
Te amo, com meus estados de ânimo,
que são muitos e mudam de humor
continuamente pelo que você já sabe
o tempo
a vida
a morte
Te amo, com o mundo que não entendo
com as pessoas que não compreendem
com a ambivalência de minha alma
com a incoerência dos meus atos
com a fatalidade do destino
com a conspiração do desejo
com a ambiguidade dos fatos.
Ainda quando te digo que não te amo...
Te amo!
Até quando te engano, não te engano.
No fundo levo a cabo um plano
para amar-te melhor.
Te amo, sem refletir,
inconscientemente,
irresponsavelmente,
involuntariamente,
por instinto, por impulso,
irracionalmente.
De fato, não tenho argumentos lógicos,
nem sequer improvisados,
para fundamentar esse amor que sinto por ti,
que surgiu misteriosamente do nada,
que não resolveu magicamente nada,
e que milagrosamente, pouco a pouco,
com pouco e nada
melhorou o pior de mim.
Te amo!
Te amo com um corpo que não pensa,
com um coração que não raciocina,
com uma cabeça que não coordena.
Te amo, incompreensivelmente.
Sem perguntar-me porque te amo,
sem importar-me porque te amo,
sem questionar-me porque te amo.
Te amo simplesmente porque te amo.
Eu mesmo não sei porque te amo.